E minha nota hoje é....


Sabem aquele tipo de mãe que escolhe guardar um pouco de cada fase do seu filho...
Essa mãe sou eu....escolhi guardar a primeira roupinha deles, emoldurar a saída da maternidade na parece, o umbiguinho dele, o primeiro tênis, a primeira chupeta, sou do tipo que comprou o livrinho e anota tudo desde as visitas ao pediatra , vacinas, idas de emergência ao hospital, primeira papinha, visita, recados, cartões, passeio, viagem, escola amigos e os aniversários....essa parte muito me alegra....quem deu os presentes desde o menor ao maior...tudo e anotado.
Datas, nomes, lugares, fotos tudo registrado. Amo fazer essas coisas, guardar, lembrar, olhar...
Mas nunca me senti tão insegura como mãe como estou me sentindo agora, tenho dormido e acordado pensando se estou fazendo o certo ou no mínimo o melhor para meus filhos.
Meu pai está em Manaus e ao reencontrar ele desta vez foi muito ruim, pois conforme vou resolvendo umas questões outras vai ficando em aberto e esperando soluções sou no mínimo explicações. Talvez não tenha respostas pra nenhuma delas, mas ainda assim fico esperando. O que me deixa triste e como sou parecida com meu pai no quesito pavio curto, brigona, explosiva, nervosa e quando fico assim perco a calma e muitas vezes a razão.
Queria mão ser nervosa, não ser brigona, não falar sem pensar, não perder a linha. Mas e quase impossível pra mim isso...cresci vendo as pessoas se comportar assim, nunca falaram baixo perto de mim. Logo Baixo eu nem sempre sei falar, ainda mais com meus filhos. Logo eles que tanto amo. Sinto-me uma mentirosa quando entro no blog e vejo os meus textos e muitas coisas bacanas q escrevo e tudo foi vivido, mas quando me lembro de um dia, uma tarde, um escorregão com eles, e esse blog perde o valor, me dou ZERO e reprovo na matéria e me perco. Perco a coragem, a certeza a clareza. Perco a restinho de mãe que há em mim.
Meu filho de quatro anos está mudando, ficando mais calado e explode de raiva com muita facilidade, logo ele que era um menino carinhoso e sorridente, amava abraços e brincar com as pessoas.



ISSO E FASE?



As pessoas a minha volta falam que e fase, outras acrescentam que e ciúmes do irmão e da atenção que damos a ele, que ainda tem dois anos e está na fase engraçadinho, sorridente, beijos e abraços carinhosos.
Não tenho um preferido amo meus filhos e me preocupo muito com eles e em dar atenção aos dois na mesma proporção. Mas confesso que o João (2anos) e mais receptivo aos abraços, deitar junto comigo, mexer nos meus cabelos....as vezes eles fazem massagem nos meus pés...outras vezes me sento e brinco de carrinho, lego, quebra cabeça, luta e outras coisas que eles amam fazer.
O Lucas (4 anos) tem se tornando agressivo com seu irmã mais novo, bate varias vezes, e ainda diz pra eu colocá-lo de castigo, e tem momentos de pura ternura com o irmão, comigo e com o pai. Mas tem horas que ele quer bater no pai dele, e vai pra cima do pai chorando e repetindo que não o ama....fico com tanto medo, pois o Mauro tem dificuldade de impor sua figura masculina Paterna ao filho, tem melhorado com o tempo mas ainda sim deixa a desejar...
Eu sou muito mandona, mulher macho, daquelas que troca o gás e coloca o garrafão de água no bebedor, mas desde que meus filhos nasceram deixei as coisas pesadas pra homem da casa, mas as vezes e lutar contra minha alma e não falar nada, não dizer como tem que ser feito, como se eu soubesse de tudo...e tentando assumir uma paternidade que não e minha.
Então combinamos que ele ficaria o sábado a noite com os meninos, levaria pra sair e lanchar fazer coisas juntos os HOMENS da casa. Hoje ele passaria a maior parte do tempo com o Lucas (4anos) e eu ficaria com o João. Neste momento ele está pintando o kitinete e o Lucas está com ele, por alguns momentos o ouço repetir várias vezes a mesma coisa. Já tentei me meter e não deu certo.
Quero que meu filho seja seguro de que o pai o ama e que se orgulha dele, mas como ele vai saber disso se não ouve.
Queria muito que Eu e o Mauro conseguissemos trata-los diferente de como fossos tratados pelos nossos pais.
Hoje acordei assim confusa, insegura, com medo de que meus filhos sejam como eu.
Inseguros e confusos, com medo de que as pessoas não os amem e fiquem dentro de um mundo de sentimentos ruins que só me fez mal e pode fazer o mesmo com eles.



Hoje acordei assim me sentindo uma péssima mãe que tem faltado às aulas de maternidade onde aprendo como ser boa ou pelo menos o suficiente pra ajudá-los a crescer melhor que eu.

Um comentário:

  1. Incrível como as preocupações são as mesmas. O medo de ser igual aos meus pais tbm é muito grande e é REALMENTE MUITO difícil mudar. Mas não é impossivel. Temos que decidir que tipo de mãe ser. Aquela modelo único de fábrica que trata os filhos como "os filhos" ou aquela que respeita cada um como um indivíduo e o tratando de acordo com as necessidades DELE e principalmente.. transparecendo MUITO amor, carinho e respeito.

    E a nota sai depois de contornar aquele momento difícil de choro e tolice sem agrecividade de forma que termine tudo com um abraço. É.. a prova é dura.

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